Os efeitos da preocupação desmedida em nossa vida são sempre nocivos. Se você se preocupa demais com a fidelidade no seu namoro, é quase certo que esta mesma atitude crie conflitos entre o namoro. Quando a preocupação com o futuro o consome, é muito provável que você deixe de viver bem o presente.
Deus deseja que confiemos nele porque, conforme nossa fé cresce, as preocupações encolhem. A primeira coisa que Deus nos ensina é manter nossa mente longe da lógica do tipo “e se”. Esse é um jogo típico da nossa parte.
E se eu não passar no vestibular?
E se eu não estiver escolhendo a profissão certa?
E se, e se, e se...
Talvez você já esteja se familiarizando com as regras desse passatempo. São bem simples:
.Regra1: Só é permitido ao jogador pensar nos piores tipos de situação.
.Regra2: É proibido vencer nesse jogo. Só se pode perder.
.Regra3: Quando mais se joga, maiores os prejuízos.
O mais engraçado é que os nossos “e se” são sempre negativos.
Precisamos mudar nosso jeito de pensar. Foi isso que Jesus ensinou em Lucas 21, ele alertou seus discípulos sobre as dificuldades que enfrentariam no futuro. Ele previu os falsos profetas, os terremotos, a fome, a peste e as guerras.
E ainda disse “ Mas convençam-se de uma vez de que não devem preocupar-se com o que dirão para se defender” (v.14). Adoro o jeito que Cristo usou para fazer essa declaração: “... convençam-se de uma vez...”. Tomem a decisão antecipada. Antes que aconteça alguma coisa, decida-se por não se preocupar. Não se prenda por aquilo que pode dar errado. Confie no SENHOR.
E se eu dissesse a você que, quando nos preocupamos, estamos fazendo o jogo do Diabo? A única ferramenta que o Diabo usa para infligir medo é nos distrair para não percebemos o que Deus tem para nós, que é sempre o melhor. Medo e preocupação são bem parecidos com espantalhos. Que mal pode fazer um espantalho? Todos sabem que a resposta é “nada”, menos os pássaros.
Você é bem mais esperto do que um pássaro. Foi por isso que o profeta Jeremias disse que algumas das maiores ameaças do inimigo são “como um espantalho numa plantação de pepinos [...] Não tenham medo deles, pois não podem fazer mal nem bem” (Jr 10:5).
Em seguida, ele muda o foco de nossa atenção para aquilo que vale a pena: “Não há absolutamente ninguém comparável a ti, ó Senhor; tu és grande, e grande é o poder do teu nome” (v. 6). Se aqueles corvos tivessem alguma idéia de nossa estratégia, perceberiam que um espantalho é, na verdade, uma indicação da localização das melhores espigas de milho. Assim, não seria possível que os temores que o inimigo tenta plantar-lhe na mente fossem propagandas involuntárias da localização das maiores bênçãos de Deus? (Algo como um aviso de “perigo” colocado sobre o pote de doces de Deus.) A preocupação mantém você distante do que o Senhor tem de melhor para sua vida.
GROESCHEL, Craig - "Confissões de um Pastor". (Com algumas adaptações)
